PSB-RJ diz que 'respeita' se Marina quiser fundar a Rede

Braga minimiza os efeitos do recuo do PSB em relação aos direitos da comunidade LGBT, depois da divulgação do programa de governo, na sexta-feira
Carolina Sá Leitão
Publicado em 02/09/2014 às 19:35
Braga minimiza os efeitos do recuo do PSB em relação aos direitos da comunidade LGBT, depois da divulgação do programa de governo, na sexta-feira Foto: Foto: Clemilson Campos / JC Imagem


Presidente do PSB-RJ, o deputado federal Glauber Braga, candidato à reeleição, diz que, se a candidata do partido à Presidência da República, Marina Silva, fundar uma nova legenda, a Rede Sustentabilidade, a decisão será respeitada pelos socialistas e não se transformará em um problema na condução do novo governo, se ela for eleita. "A gente está muito focado na eleição agora, a gente quer trabalhar firmemente para vencer as eleições. O que eu posso te dizer é que, o que for a indicação de Marina no que diz respeito à fundação ou não da Rede, vai ter o nosso respeito. Vamos respeitar a decisão adotada por ela", afirma Braga.

Questionado como o PSB vê a hipótese de ficar com a Vice-Presidência da República - e não mais com a Presidência - no caso de fundação da Rede, o deputado insiste: "Isso não é problema, respeitamos o que for a decisão da Marina". Marina tornou-se candidata a presidente depois do acidente aéreo que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, de quem a ex-senadora era vice, no dia 13 de agosto. A ex-senadora ingressou no PSB, a convite de Campos, em outubro passado, depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impediu a fundação da Rede.

Para Braga, "a qualidade da candidata e das propostas que ela apresenta" é a maior garantia de que o entusiasmo com a candidatura de Marina, segunda colocada nas pesquisas, não é apenas uma onda. O deputado evita falar em articulação para o segundo turno: "E se for a vontade dos brasileiros eleger Marina no primeiro turno?" "A gente passou do momento de dor pela perda do Eduardo para o momento de respeito em relação às posições claramente colocadas pela Marina. As coisas estão sendo feitas de forma clara. A gente respeita as posições de Marina, mas a gente vê na candidatura dela também a defesa do legado de Eduardo. Quando a gente vê na boca da Marina a defesa das propostas feitas por Eduardo, como a universalização da educação em tempo integral, dá mais força ainda à candidatura dela", sustenta o dirigente.

Braga minimiza os efeitos do recuo do PSB em relação aos direitos da comunidade LGBT, depois da divulgação do programa de governo, na sexta-feira (29). "O que está sendo realizado é realmente um afinamento para que a proposta final seja o que foi discutido com vários membros da coordenação da campanha. A linha mestra para mim, nesta questão, é ser contra qualquer discriminação, seja de orientação sexual, de gênero, de raça e de opção religiosa. Este para mim é o centro, o relevante", diz.

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