STF

Ministro da Justiça nega interferência na Lava Jato

Congressistas incluídos na lista do Ministério Público apontam a intervenção principalmente de Cardozo na definição dos nomes que agora serão alvo de investigação

Da AFP
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Publicado em 08/03/2015 às 9:23
Foto: Isaac Amorim/ AG MJ
Congressistas incluídos na lista do Ministério Público apontam a intervenção principalmente de Cardozo na definição dos nomes que agora serão alvo de investigação - FOTO: Foto: Isaac Amorim/ AG MJ
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O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo negou na tarde de sábado (7) que o governo tenha influenciado os pedidos de abertura de inquérito feitos pela Procuradoria-Geral da República na operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Congressistas incluídos na lista do Ministério Público apontam a intervenção principalmente de Cardozo na definição dos nomes que agora serão alvo de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal).

"Não sei se essa crítica é a mim ou se é ao procurador-geral da República ou ao ministro Teori Zavascki. O ministro Zavascki acatou o que disse o Dr. Janot. Eu teria influenciado os dois? Que poder é esse que eu tenho de influenciar ministro da suprema corte e procurador-geral da República?", disse Cardozo em coletiva no escritório da Presidência da República em São Paulo.

"Os depoimentos que ensejaram essas decisões foram coletadas por outras autoridades do Ministério Público no Paraná. Eu influenciei isso também? Que poder eu tenho! Se estivéssemos no passado, eu poderia dizer que seria um verdadeiro Luís XIV, 'o Estado sou eu'", ironizou o ministro.

Cardozo disse que nos últimos governos do PT, ao contrário do que ocorreu em administrações anteriores de outros partidos, não houve interferência sobre o trabalho do Ministério Público ou de outras autoridades.

Cardozo leu a decisão do ministro do STF Teori Zavascki sobre a referência feita à presidente Dilma Roussef na investigação, e defendeu uma interpretação do texto pela qual Zavascki teria deixado claro que não há qualquer fato ou indício contra a presidente nas investigações. Segundo o entendimento de Cardozo, o despacho do ministro indica que mesmo após o fim de seu mandato Dilma não será alvo de apurações relativas ao caso.

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