Cardozo discute pacote anticorrupção com líderes da base aliada

O encontro faz parte de um movimento iniciado pela presidente Dilma Rousseff de aproximação com o Congresso
Da Folhapress
Publicado em 17/03/2015 às 14:03
O encontro faz parte de um movimento iniciado pela presidente Dilma Rousseff de aproximação com o Congresso Foto: Foto: José Cruz / Agência Brasil


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apresentou aos líderes da base aliada as medidas de combate à corrupção que serão enviadas ao Congresso como resposta às manifestações e à crise política, em café da manhã realizado nesta terça-feira (17) no Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente Michel Temer (PMDB).

O encontro faz parte de um movimento iniciado pela presidente Dilma Rousseff de aproximação com o Congresso, com encontros periódicos com parlamentares da base aliada e a cúpula do governo. Cardozo expôs as ideias do governo e ouviu a opinião dos deputados sobre as propostas.

Para afagar a base, Temer chegou a citar o filósofo francês Jean Jacques Rousseau para dizer que o Legislativo é o Poder mais importante na representação do povo, segundo relatos de parlamentares.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que "de sete a dez grandes medidas integram o pacote", mas não adiantou detalhes. Outros parlamentares citaram entre as propostas a extensão da Lei da Ficha Limpa a funcionários públicos em todas as esferas de governo e a agilização de processos judiciais.

"É um marco porque os líderes da base discutiram o conteúdo do pacote. Não vai pegar ninguém de surpresa", afirmou Guimarães.

Segundo a Folha de S.Paulo, uma das principais propostas do pacote será garantir, na regulamentação da Lei Anticorrupção, que as empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato fechem os acordos de leniência. O Planalto vai propor gradações para a multa que empresas investigadas têm de pagar. O fato de serem muito altas era um dos obstáculos para selar os acordos.

O líder do Pros na Câmara, Domingos Neto (CE), considerou "importante" o aceno do governo federal. "Não importa que, quando cheguem ao Congresso, as medidas continuem sendo discutidas. O gesto político [de chamar a base para conversar] é importante", afirmou.

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