Os dois nomes tucanos mais cotados para disputar a Presidência da República em 2018, o senador Aécio Neves (MG) e o governador Geraldo Alckmin (SP), fecharam nesta terça-feira (9) acordo para que o partido defenda conjuntamente bandeiras dos dois na discussão da redução da maioridade penal.
A legenda deve definir na próxima semana apoio a proposta de Aécio de triplicar a punição para pessoas que utilizem adolescentes em crimes e a defesa de Alckmin do aumento do tempo máximo de punição de menores infratores -de três para oito anos.
O partido defenderá ainda a proposta do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos em casos de crime hediondo.
Comissão especial da Câmara deve votar nesta quarta-feira (10) proposta de redução da maioridade penal para 16 anos em qualquer situação. Após isso, o texto fica pronto para votação no plenário da Casa.
Aécio e Alckmin se reuniram com a bancada de deputados federais do PSDB na manhã desta terça.
O mineiro agendou a reunião após Alckmin se manifestar publicamente sobre o tema. Nos bastidores, tucanos afirmam que a atitude de Aécio visa tentar evitar um protagonismo do paulista neste debate e em outros temas discutidos no Congresso.
Na segunda (8), o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) afirmou que a presidente Dilma Rousseff "quer dialogar" com Alckmin sobre o tema. Segundo ele, a intenção é conversar com todas as lideranças que queiram debater o assunto para se chegar a uma "saída que seja efetiva".