Após a reunião da coordenação política, ministros do governo evitaram comentar o fato de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter sido denunciado pelo Ministério Público Federal na semana passada. O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, defendeu que Cunha tem direito à defesa e que é preciso "aguardar" para ver se a denúncia vai ser aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"A denúncia precisa ser acatada pelo Supremo. Se acatada, Cunha terá amplo direito de defesa. Vamos aguardar a manifestação do STF", afirmou.
Cunha terá um prazo para apresentar a sua defesa ao STF. Só depois disso, a corte decidirá se atenderá ou não ao pedido de abertura de processo feito na última quinta-feira, 20, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Rompido com o governo desde julho, Cunha foi denunciado por suposto envolvimento no esquema investigado na Operação Lava Jato, que apura desvios na Petrobras. O peemedebista acusa o governo de estar por trás das investigações contra ele.