Para Cunha, postura de Levy pode dificultar trâmite de suas medidas

No pacote de medidas para tentar reequilibrar as contas públicas e reconquistar o apoio do mercado e dos empresários, o governo anunciou cortes de R$ 26 bilhões
Da Folhapress
Publicado em 15/09/2015 às 21:37
No pacote de medidas para tentar reequilibrar as contas públicas e reconquistar o apoio do mercado e dos empresários, o governo anunciou cortes de R$ 26 bilhões Foto: Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil


Crítico público do pacote do governo para salvar a economia, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a desaprovar nesta terça-feira (15) declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que mais uma vez atribuiu a situação do país ao Congresso.

"Acho absurdo ele falar isso. É um desrespeito ao Congresso. Este ano, tudo o que ele mandou de proposta de ajuste fiscal, foi aprovado", afirmou Cunha.

Para o presidente da Câmara, a postura do ministro pode atrapalhar a tramitação das propostas que o governo precisa levar ao Congresso para fazer valer o corte anunciado nesta segunda (14). "Isso, ao invés de ajudar, vai atrapalhar ainda mais o trâmite das medidas dele".

Visivelmente irritado, o deputado ainda completou: "Se eles não têm capacidade de buscar o equilíbrio fiscal, não culpe o Congresso que não recursou nada até agora e não use isso como elemento para buscar constranger o Congresso a aprovar algo que o Congresso não esteja disposto a aprovar que é um aumento de carga tributária".

A fala de Levy ocorreu em reunião com deputados aliados esta manhã no Palácio do Planalto e foi o estopim para um bate-boca com o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF).

No pacote de medidas para tentar reequilibrar as contas públicas e reconquistar o apoio do mercado e dos empresários, o governo anunciou cortes de R$ 26 bilhões em gastos e R$ 40,2 bilhões em aumento de arrecadação.

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