O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (16) que "quanto mais profundo o corte" de gastos feito pelo governo, mais ele terá "credibilidade" para tentar emplacar a retomada da CPMF.
Renan não quis dizer se é contra ou a favor do tributo, argumentando que não seria adequado falar sobre o assunto antes de ele ser apreciado pela Câmara, mas enviou um claro recado de que, como afirmam parlamentares da base e da oposição, o corte de gastos proposto pelo governo foi tímido para justificar a imposição do aumento da carga tributária.
"Quanto mais profundo for o corte, mais você tem condições de discutir a elevação da carga tributária, afirmou. "[Ao cortar gastos, o governo] Ganha legitimidade, ganha credibilidade para falar em elevar a receita", concluiu.
O presidente do Senado esteve nesta tarde com representantes do empresariado, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB) que se posicionou contra a retomada da CPMF e fez duras críticas ao governo.
Renan disse ainda que era preciso observar a evolução das discussões apontando que o governo, talvez, poderá ampliar as medidas de cortes de gastos para tentar diminuir a resistência à CPMF no Congresso.