De acordo com Carina Vitral, presidente da UNE, o ministro se comprometeu em lutar por mais investimentos na educação, trabalhar pela consolidação das universidades públicas, com foco na conclusão das obras e implementação dos bandejões, além de criar uma comissão para discutir o fim das aulas de ensino a distância em cursos presenciais.
“Como alternativa para os cortes (em 2015, a educação teve contingenciados R$ 10,6 bilhões), o ministro afirmou que existem inciativas para taxação de grandes fortunas, por exemplo, de modo a evitar cortes na educação”, acrescentou Carina.
A caravana, que contou com lideranças de todo o país, se reuniu hoje de manhã em frente à Biblioteca Nacional de Brasília.
Os estudantes disseram acreditar que, com Aloizio Mercadante à frente do Ministério da Educação, o ajuste fiscal no setor seja revertido e os investimentos ampliados.
“A gente não acha que a educação seja alvo de cortes para o ajuste fiscal. A educação é que alavanca o desenvolvimento e dá oportunidade para os jovens”, informou Carina antes do encontro com o ministro.
Para Bárbara Melo, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), “muita gente que chegou a um instituto federal não consegue continuar por falta de bandejão para comer, de política de passe livre estudantil e de laboratórios decentes. É um desperdício colocar um jovem numa escola técnica e não ter estrutura suficiente para que ele se torne um bom profissional. O corte não é a melhor saída para a crise. Só prejudica os estudantes”.
Os estudantes também estão se manifestando contra o Projeto de Lei 131/2015, do senador José Serra (PSDB-SP). A ementa do projeto estabelece a participação mínima da Petrobras no consórcio de exploração do pré-sal.
De acordo com Jessy Dayane, diretora de Politicas Educacionais da UNE, a caravana é contra o projeto porque, em 2013, metade do fundo social do pré-sal foi destinada às áreas sociais: 75% para a educação e 25% para saúde. "Se esse projeto for aprovado, ameaça a conquista que garante mais verbas a longo prazo pra educação no Brasil.”
Segundo a Consultoria Legislativa do Senado, o projeto em discussão na Casa não altera a destinação de recursos.