O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, criticou nesta sexta a decisão da Polícia Federal de realizar uma condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor à Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira, (4). "Eles (a PF) disseram que a condução coercitiva foi feita para proteger a integridade física do Lula. Pois eu digo que nós (da militância do PT) estamos disponíveis para garantir a integridade física do Lula, para acompanhá-lo em cada momento que a Justiça entender que precisa ouvi-lo", disse.
Haddad discursou brevemente para centenas de militantes do PT e de movimentos sociais e sindicais na Quadra dos Bancários, no centro de São Paulo. Para o prefeito da capital paulista, a ação da PF foi algo "muito grave". "Foi um golpe no Estado democrático de direito", acrescentou. "Vamos continuar acreditando em nossas instituições. O que se quer mesmo é a verdade, toda ela".
O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que hoje ocupa o cargo de secretário de Saúde da cidade de São Paulo, também participa do evento e, em entrevista à reportagem, classificou o ato da Polícia Federal como um "sequestro midiático". Para ele, a condução coercitiva não era necessária, uma vez que o ex-presidente Lula sempre se colocou à disposição para prestar esclarecimentos à Justiça.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, informou que Lula está a caminho para participar do evento no centro de São Paulo. Centenas de pessoas estão reunidas no local para um ato em defesa de Lula. Além do prefeito Fernando Haddad, já discursaram os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE) e várias outras lideranças de movimentos sociais e sindicais.