Os reajustes escolares característicos dessa época do ano impactaram a inflação oficial de fevereiro, conforme já era esperado. A alta no grupo Educação foi de 5,90% no último mês, maior variação de grupo dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).
As mensalidades dos cursos regulares subiram 7,43%, tornando-se o item de maior contribuição para o IPCA do mês, o equivalente a 0,21 ponto porcentual.
Apenas Fortaleza não apresentou aumento, em virtude da diferença na data de reajuste. Nas demais regiões, as variações dos cursos regulares ficaram entre os 3,99% registrados na região metropolitana do Recife e os 10,88% verificados do Rio de Janeiro. As mensalidades dos cursos diversos - que incluem idioma, informática, etc. - subiram 5,53% em fevereiro.
Alimentação
O ritmo de aumento nos gastos das famílias com alimentação e bebidas desacelerou na passagem de janeiro para fevereiro, de 2,28% para 1,06%.
Os produtos que tiveram as altas mais consideráveis em fevereiro foram a cenoura (23,79%) e a farinha de mandioca (11,40%). Na direção oposta, ficaram mais baratos o tomate (-12,63%) e a batata inglesa (-5,70%).
Apesar da desaceleração o grupo Alimentação e bebidas foi um dos maiores responsáveis pela inflação de fevereiro, com contribuição de 0,27 ponto porcentual, assim como o grupo Educação, cuja alta de 5,90% no último mês também resultou num impacto de 0,27 ponto porcentual sobre o IPCA.
Juntos, os grupos Alimentação e Educação foram responsáveis por 60% da taxa do IPCA de fevereiro, o equivalente a uma contribuição de 0,54 ponto porcentual para o resultado de 0,90% da inflação no mês.