Em pelo menos dois encontros da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o "plano B" para a substituição do ministro da Justiça Wellington César Lima e Silva foi discutido. O ex-presidente Lula defende a volta de Nelson Jobim para o Ministério da Justiça, mas o ex-ministro já teria dito a interlocutores que não tem a menor disposição de aceitar o cargo. "Nem pensar", afirmou diante da insistência de alguns.
Dilma tem e teve divergências graves com Jobim, que bateu de frente com a presidente em diversas ocasiões. Primeiro quando os dois eram ministros de Lula e depois quando ele permaneceu no primeiro escalão do primeiro mandato de Dilma.
Com isso, continua a busca por nomes para o ministério, embora Lula acredita que ainda poderá convencer a presidente e o ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal a aceitarem a sugestão.
Wellington César foi indicado a Dilma por Jaques Wagner e acabou se desgastando com ela porque não a advertiu sobre a possibilidade de incompatibilidade de cargos. Wellington César não tem idade para se aposentar e, portanto, só poderia permanecer no cargo, se renunciasse ao cargo de procurador - o que todos consideram muito pouco provável.
Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, que já era esperada pelo governo, a presidente se reuniu com os ministros da Casa Civil, da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardoso.
O Palácio do Planalto não vai se pronunciar, pelo menos por enquanto, sobre o futuro do Ministério da Justiça. Está em busca de nomes. Dilma não conversou com o ministro da Justiça e nem deve conversar, e o governo, apesar de ter ganho prazo de 20 dias para ele deixar o cargo, tem pressa na substituição. O ministro ficou reunido com seu staff discutindo o que irá fazer.