O vice-presidente da República, Michel Temer (SP), foi reconduzido à presidência nacional do PMDB com 537 votos (96% do total de 559 votos). Ao todo, 11 votaram não, seis votaram em branco e cinco votos foram nulos.
Em meio a apelos para que o PMDB desembarque do governo da presidente Dilma Rousseff, e gritos de "Brasil pra frente, Temer presidente", o vice-presidente da República defendeu, durante a convenção nacional do partido, a unidade da legenda para "resgatar os valores da República e reencontrar a via do crescimento econômico e do desenvolvimento social".
"O nosso PMDB sempre teve diversidades internas, mas converge em todas as ocasiões em que é preciso cuidar do País", afirmou. Sem fazer críticas à administração petista, mas também sem mencionar a possibilidade de rompimento, Temer disse que "não é hora de dividir os brasileiros, de acirrar os ânimos, levantar muros". "A hora é de construir pontes e é o que o PMDB está e estará fazendo", afirmou o vice-presidente.
Em menos de dez minutos de fala, Temer disse não ser possível ignorar as crises política e econômica, que ele chamou de "gravíssimas". "O quadro recessivo, o desemprego crescente, a carestia são realidades que precisam ser combatidas", afirmou, salientando que o PMDB tem oferecido propostas como a "Agenda Brasil", do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o "Uma Ponte para o futuro", apelidado de "Agenda Temer". O vice-presidente afirmou que, em breve, o partido apresentará a já chamada "Agenda Temer 2", com propostas na área social.