PGR estuda pedir investigação de Aécio na Lava Jato

Delcídio, que presidiu a CPI dos Correios em 2005, afirmou que "segurou a barra" para não virem à tona informações sobre a movimentação financeira de empresas de Marcos Valério que atingiam o tucano
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 15/03/2016 às 21:55
Delcídio, que presidiu a CPI dos Correios em 2005, afirmou que "segurou a barra" para não virem à tona informações sobre a movimentação financeira de empresas de Marcos Valério que atingiam o tucano Foto: Foto: Waldemir Barreto Agência Senado


A Procuradoria-Geral da República (PGR) estuda pedir a abertura de inquérito na Lava Jato para investigar o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). Em delação premiada, o senador e ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS) afirmou que Aécio recebia vantagens ilícitas desviadas da diretoria de engenharia de Furnas. Além disso, Delcídio relatou que Aécio atuou para maquiar as contas do Banco Rural durante CPI Mista dos Correios.

Segundo investigadores ouvidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a acusação relativa à CPI dos Correios é a mais contundente e tem indícios capazes de gerar um pedido de abertura de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Delcídio, que presidiu a CPI dos Correios em 2005, afirmou que "segurou a barra" para não virem à tona informações sobre a movimentação financeira de empresas de Marcos Valério que atingiam o tucano e seus aliados. Além disso, o senador petista disse ter ouvido que Aécio possui conta bancária no paraíso fiscal de Liechtenstein.

O grupo de trabalho ligado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve se debruçar nos próximos dias sobre a delação do senador para definir quais fatos têm indícios suficientes para gerar pedidos de abertura de inquérito ao Supremo.

Em nota, o presidente do PSDB afirmou que as citações feitas pelo ex-líder do governo no Senado ao seu nome são "todas elas falsas". Segundo o tucano, as menções são "mentiras" que não se sustentam na realidade e se referem apenas a "ouvi dizer" de terceiros. O tucano rebateu cada um dos três pontos em que Delcídio o citou.

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