O líder no DEM na Câmara, o deputado federal Mendonça Filho, acredita que em um mês o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) estará pronto para ser votado na Câmara dos Deputados. Nesta quinta (17), será instalada a comissão especial que irá analisar o caso. Mendonça é um dos cotados para participar.
"Já se está costurando consenço de maioria para eleger o presidente e relator para que corra mais rápoido. Em 30 dias já pode estar no plenário", disse Mendonça em entrevista à Rádio Jornal. O parlamentar se reuniu hoje pela manhã com a bancada do DEM para defirnir os nomes. OUtra reunião do partido acontecerá esta manhã, em Brasília.
Segundo explicou Mendonça, até o meio-dia os partidos devem indicar seus nomes para compor a comissão até o meio-dia. A eleição será à tarde e a expectativa é que os trabalhos do grupo comecem ainda pela nesta quinta (17).
Mendonça afirmou, ainda, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não irá conduzir o processo de impeachment. "A comissão é independente. O relator vai expressar a média de pensamento dos deputados e as provas que incrimam a presidente Dilma no âmbito de crime de responsabilidade fiscal", declarou.
Ainda de acordo com o deputado, será fácil de atingir um terço dos votos dos deputados para afastar Dilma da presidência. "Tenho certeza que vamos ter bem mais de 341 votos, o clima das últimas semanas ajuda", disse. O parlamentar citou a prisão do marqueteiro João Santana e sua mulher, a delação do senador Delcídio do Amaral, o depoimento de Lula na Polícia Federal, os protestos do último domingo (13).
"Ontem, veio a ecatombe final, que foi a revelação do presidente Lula com claros sinais que ele obstruía a Justiça e trabalhou para interferir nas ações da Lava Jato e as suspeitas fortes que caem sobre ele", disse. Mendonça citou, ainda, o ensaio do PMDB de se afastar do governo.
"Pode apostar que a presidente Dilma não será presidente, o melhor seria que ela renunciasse. Como acredito que ela não tem largueza para renunciar, será afastada. No dia da votação do impeachment, o Brasil vai parar. O Brasil virou uma novela mexicana que demonstra que a nação foi saqueada com a conivência de quem está no poder", afirmou.
MORO
Mendonça defendeu, ainda, o ato do juiz federal Sérgio Moro de ter divulgado o aúdio com a gravação do telefonema de Dilma para Lula. "O juiz agiu dentro da lei, da legalidade, preserrvando o interesse público. São revelações que ele teve oportunidade de trazer, na verdade interessa à socidade. Nenhum ato paraticado por ele foi ilegal. O cidadão só vira ministro depois que toma posse", disse Mendonça.
"Se transformou o termo de posse num habeas corpus, editaram um Diário Oficial extra. Isso já é uma agressão e manobra para evitar ação de Sérgio Moro. O telefone que estava interceptado era de Lula e seus seguranças. A presidente Dilma entrou na linha que estava interceptada", acrescentou.