Impeachment deve ir ao Congresso em 30 dias, avalia Mendonça Filho

Líder no DEM na Câmara será um dos integrantes da Comissão Especial que vai analisar afastamento de Dilma
Mariana Araújo
Publicado em 17/03/2016 às 9:48
Líder no DEM na Câmara será um dos integrantes da Comissão Especial que vai analisar afastamento de Dilma Foto: Foto: Divulgação/Agência Câmara


O líder no DEM na Câmara, o deputado federal Mendonça Filho, acredita que em um mês o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) estará pronto para ser votado na Câmara dos Deputados. Nesta quinta (17), será instalada a comissão especial que irá analisar o caso. Mendonça é um dos cotados para participar. 

"Já se está costurando consenço de maioria para eleger o presidente e relator para que corra mais rápoido. Em 30 dias já pode estar no plenário", disse Mendonça em entrevista à Rádio Jornal. O parlamentar se reuniu hoje pela manhã com a bancada do DEM para defirnir os nomes. OUtra reunião do partido acontecerá esta manhã, em Brasília. 

Segundo explicou Mendonça, até o meio-dia os partidos devem indicar seus nomes para compor a comissão até o meio-dia. A eleição será à tarde e a expectativa é que os trabalhos do grupo comecem ainda pela nesta quinta (17).

Mendonça afirmou, ainda, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não irá conduzir o processo de impeachment. "A comissão é independente. O relator vai expressar a média de pensamento dos deputados e as provas que incrimam a presidente Dilma no âmbito de crime de responsabilidade fiscal", declarou. 

Ainda de acordo com o deputado, será fácil de atingir um terço dos votos dos deputados para afastar Dilma da presidência. "Tenho certeza que vamos ter bem mais de 341 votos, o clima das últimas semanas ajuda", disse. O parlamentar citou a prisão do marqueteiro João Santana e sua mulher, a delação do senador Delcídio do Amaral, o depoimento de Lula na Polícia Federal, os protestos do último domingo (13). 

"Ontem, veio a ecatombe final, que foi a revelação do presidente Lula com claros sinais que ele obstruía a Justiça e trabalhou para interferir nas ações da Lava Jato e as suspeitas fortes que caem sobre ele", disse. Mendonça citou, ainda, o ensaio do PMDB de se afastar do governo. 

"Pode apostar que a presidente Dilma não será presidente, o melhor seria que ela renunciasse. Como acredito que ela não tem largueza para renunciar, será afastada. No dia da votação do impeachment, o Brasil vai parar. O Brasil virou uma novela mexicana que demonstra que a nação foi saqueada com a conivência de quem está no poder", afirmou. 

MORO 

Mendonça defendeu, ainda, o ato do juiz federal Sérgio Moro de ter divulgado o aúdio com a gravação do telefonema de Dilma para Lula. "O juiz agiu dentro da lei, da legalidade, preserrvando o interesse público. São revelações que ele teve oportunidade de trazer, na verdade interessa à socidade. Nenhum ato paraticado por ele foi ilegal. O cidadão só vira ministro depois que toma posse", disse Mendonça. 

"Se transformou o termo de posse num habeas corpus, editaram um Diário Oficial extra. Isso já é uma agressão e manobra para evitar ação de Sérgio Moro. O telefone que estava interceptado era de Lula e seus seguranças. A presidente Dilma entrou na linha que estava interceptada", acrescentou.  

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