Temer afirma que não vai processar Sérgio Machado

Sérgio Machado acusou Temer de ter pedido recursos oriundos de propina para o então candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, em 2012
Estadão Conteúdo
Publicado em 22/06/2016 às 8:45
Sérgio Machado acusou Temer de ter pedido recursos oriundos de propina para o então candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, em 2012 Foto: Foto: Marcos Corrêa/ Vice Presidência da República


O presidente em exercício Michel Temer disse que não processará o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que o acusou de ter pedido recursos oriundos de propina para o então candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, em 2012, porque não fala "para baixo". Temer afirmou que Machado quer ganhar importância ao confrontar o presidente da República e disse que, com o prestígio que tem, não precisaria recorrer ao ex-executivo para obter ajuda de empresários.

"Você acha que eu ia me servir dele, tendo, com toda modéstia, o prestígio que tenho, no cenário nacional, para falar com empresário? Os empresários falavam e falam comigo permanentemente. Jamais pedi a ele", disse Temer em entrevista ao jornalista Roberto D’Avila, transmitida ontem pela GloboNews.

"Não vou processá-lo porque o que ele mais deseja é isso. Quando verifiquei a delação completa, ele não falou apenas de mim, falou dos partidos mais variados. Ele só respondeu ao meu pronunciamento. Ele quer polarizar com o presidente da República, não vou dar esse valor a ele, não falo para baixo."

O presidente em exercício disse esperar que nenhum outro ministro tenha de deixar o governo, depois da saída de Romero Jucá do Planejamento e Henrique Eduardo Alves do Turismo, envolvidos nas investigações da Operação Lava Jato. 

Temer criticou a proposta da presidente afastada Dilma Rousseff de, se voltar para o governo, seja realizado um plebiscito para realização de novas eleições. "A leitura que se faz é que, se ela vai voltar para convocar eleições, é porque não quer governar", disse.

Ele afirmou que não disputará a reeleição, se o Senado aprovar em definitivo o impeachment. "Deus me colocou isso no colo para eu cumprir uma tarefa. Vou cumprir essa tarefa redimindo milhões de brasileiros, quase 12 milhões de desempregados. Se, ao final do período, houver 500 mil desempregados, terá sido uma tarefa fantástica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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