O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta terça-feira (12) que “o governo trabalha com a ideia da base ter um candidato único” para a presidência da Câmara dos Deputados.
“Nós estamos trabalhando para que se tenha um só candidato. É possível construir [candidatura única]. Não tem por que nós criarmos a possibilidade de ter qualquer arranhão na base. Nós temos o projeto de um novo Brasil e esse novo Brasil passa por a gente ter condições de ter na Câmara a base que nós temos hoje. Não podemos correr riscos”, disse o ministro.
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Após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara, a eleição para o comando da Casa promete bater recorde de candidaturas. Até o início da noite de ontem (11), dez deputados formalizaram as candidaturas para disputar o mandato tampão até fevereiro de 2017. A expectativa é que o número de concorrentes passe de 12. Os deputados terão até meio-dia de quarta-feira (13), dia da eleição, para registrar as candidaturas. A votação começará às 16h.
“Queremos a unidade da base, portanto, na eleição, não podemos ter divisão. Queremos que tenha unidade. Se não for possível, pelo menos que, logo que encerre a votação, se tenha selada a unidade da base independentemente do resultado. O governo não tem predileto e também não tem vedação a ninguém”, acrescentou Padilha.
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou que “o governo torce até o final para que se chegue a uma redução do número de candidatos”. Geddel, que é responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso, não acredita que mais de um candidato à presidência da Câmara vai trazer um racha na base. “Isso se supera. O problema seria se houvesse uma intervenção do governo. Acho que alguém poderia se queixar”, disse Geddel.
Os ministros deram a declaração após participar da apresentação da cartilha Condutas Vedadas aos Agentes Públicos Federais em Eleições 2016, elaborada pela Advocacia-Geral da União. A publicação reúne informações básicas sobre os direitos políticos e as normas éticas e legais que devem orientar a atuação dos agentes públicos durante as eleições municipais de outubro.