Ministério nega uso político de verbas contra seca

A pasta contestou reportagem que revelou a decisão do governo Temer de retirar dos governadores do Nordeste a execução de recursos para obras emergenciais de combate à estiagem para passá-la ao Dnocs, controlado predominantemente pelo PMDB
Estadão Conteúdo
Publicado em 19/08/2016 às 9:18
A pasta contestou reportagem que revelou a decisão do governo Temer de retirar dos governadores do Nordeste a execução de recursos para obras emergenciais de combate à estiagem para passá-la ao Dnocs, controlado predominantemente pelo PMDB Foto: Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil


O Ministério da Integração Nacional afirmou nessa quinta-feira (18), que "não está favorecendo qualquer partido político nas aplicações das verbas de combate à seca". Em nota, a pasta contestou reportagem publicada pelo jornal O Estado de S Paulo que revelou a decisão do governo Michel Temer (PMDB) de retirar dos governadores do Nordeste a execução de recursos para obras emergenciais de combate à estiagem na região para passá-la ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), controlado predominantemente por peemedebistas. 

A pasta também refutou a interpretação de que esteja favorecendo Estados governados pelo PMDB, como Alagoas e Sergipe, ao fazer os repasses. "O que está sendo feito é a correção de distorções", diz a nota, ressaltando que a Paraíba, governada pelo PSB, também vai receber mais recursos.

Segundo o ministério, obras emergenciais como construção de adutoras de engate rápido serão executadas por órgãos da pasta, como o próprio Dnocs e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba (Codevasf), controlada pelo PP. E destacou que obras estruturantes que já vinham sendo executadas pelos governadores continuarão sendo tocadas pelas administrações estaduais. 

Parlamentares da oposição e da base aliada criticaram a decisão do governo de transferir para o Dnocs a execução de verbas para obras emergenciais. A liberação dos recursos para essas intervenções foi autorizada por meio de uma medida provisória editada em julho e que abriu crédito extraordinário de R$ 789,9 milhões para ações na região. Da tribuna do Senado, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), afirmou que a decisão do governo significa uma "volta à época dos coronéis e dos currais eleitorais". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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