A presidente afastada da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira (29), que está sendo vítima de um golpe de Estado. A declaração foi dada durante seu depoimento no Senado, no julgamento do processo de impeachment.
Em diversos momentos ela reafirmou que não cometeu crime de responsabilidade, criticou a oposição ao seu governo e lembrou os casos dos governos Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart.
"Hoje, mais uma vez ao serem feridos nas urnas setores da elite política e econômica, nos vemos diante do risco de ruptura democrática. Os padrões políticos dominantes no mundo repelem a violência explícita, mas agora é a violência moral, usando pretextos da Constituição para dar uma pretensa aparência de legitimidade para um governo que assume sem o amparo das urnas", afirmou. "São pretextos para derrubar por meio de um impeachment sem crime de responsabilidade um governo legítimo. São pretextos para viabilizar um golpe na Constituição que, se consumado, resultará na eleição indireta de um governo usurpador", disse.
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