O juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na 1.ª instância, adiou pela segunda vez a volta à prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O magistrado determinou que o pecuarista, internado em um hospital de São Paulo, se apresente à Polícia Federal em 6 de setembro.
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Moro havia restabelecido a prisão preventiva de Bumlai em 10 de agosto e ordenado que o pecuarista se reapresentasse à Polícia Federal, em Curitiba, em 23 de agosto. Capturado pela Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato, em novembro do ano passado, Bumlai passou à prisão domiciliar em março deste ano para tratar um câncer e problemas cardíacos.
O magistrado havia adiado, primeiramente, a apresentação de Bumlai para 30 de agosto.
"Consignei que a defesa deveria manter este Juízo informado a respeito da permanência do acusado no hospital e igualmente acerca do resultado dos exames médicos. A última petição da defesa data de 22 de agosto de 2016, informando que José Carlos Bumlai permanecia internado no Hospital Sírio Libanês e que teria sido diagnosticado com processo inflamatório", afirmou Moro. "Diante da informação de que permanece internado, prorrogo por mais sete dias o prazo para sua apresentação perante a Polícia Federal em Curitiba (6 de setembro de 2016)."
Bumlai é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e por crimes financeiros no emblemático empréstimo de R$ 12 milhões que ele tomou junto ao Banco Schahin, em outubro de 2004 - o dinheiro, segundo o pecuarista, foi destinado ao PT.