Com faixas e gritos de ordem "Fora Temer", foi aberto por volta das 11h desta quarta-feira (7), o 20º Grito dos Excluídos na Praça da Sé, no centro de São Paulo. Além do mote permanente "A Vida em Primeiro Lugar", o ato este ano tem como lema "Esse sistema é insuportável. Exclui, degrada e mata".
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O grito é organizado pelo Fórum das Pastorais Sociais, centrais sindicais e entidades ligadas aos movimentos sociais. "O grito, que este ano completa 22 anos em Aparecida, tem o objetivo de chamar a atenção para os problemas da falta de moradia, emprego, educação, imigrantes e refugiados", descreve o coordenador da Pastoral Operária, Paulo Pedine.
Ao discursar no ato, a deputada Luiza Erundina, candidata do PSOL à prefeitura de São Paulo, emocionou-se ao lembrar que a maioria dos excluídos na capital Paulista é como ela, de origem nordestina. "Temos muitos moradores de rua nas cidades porque os governos nunca fizeram a reforma agrária", disse. Com voz embargada, Erundina chegou a pedir desculpas e justificou: "Porque esse assunto me toca muito porque também sou filha de camponeses".
Após discursos e manifestações culturais na Praça da Sé, no centro, haverá uma marcha até a igreja da Paz, no baixo Glicério, também na área central, que realiza um trabalho de acolhimento a imigrantes e refugiados.