O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (8) liminar para anular a sessão do Senado em que foi aprovada a cassação da ex-presidenta Dilma Rousseff. O pedido havia sido protocolado por José Eduardo Cardozo, advogado da petista, na manhã de 1° de setembro, horas após os senadores encerrarem a votação.
Leia Também
- No Recife, adversários avaliam impacto de impeachment na eleição local
- Janot diz ao STF não ver irregularidade de Cunha no processo do impeachment
- Anfavea avalia que após definição do impeachment é hora de avançar
- Impeachment de Dilma na pauta da 22ª edição do Grito dos Excluídos
- Advogados de Dilma defendem no STF votação fatiada do impeachment
Impeachment
Dilma foi destituída do cargo pelos senadores por 61 votos a 20, sob a acusação de que cometeu crime de responsabilidade fiscal ao emitir três decretos de crédito suplementar sem a autorização do Congresso e também pelas chamadas pedaladas fiscais, atrasos em pagamentos a bancos públicos no âmbito do Plano Safra. A votação se encerrou na tarde de 31 de agosto.
No dia seguinte pela manhã, Cardozo entrou com pedido no STF para que a sessão fosse anulada. Na peça, ele não questionou o mérito da decisão dos senadores, mas sim a constitucionalidade do processo de impeachment e erros em sua condução.
No pedido, Cardozo usou como argumentos a inconstitucionalidade de dois artigos da lei de impeachment, de 1950, e a inclusão, no parecer favorável ao impeachment aprovado no Senado, de acusações que não constavam no relatório votado anteriormente na Câmara, o que teria prejudicado a ampla defesa.