O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta quarta-feira (14) durante entrevista coletiva, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o "comandante máximo do esquema de corrupção" identificado na investigação sobre cartel e propinas na Petrobras.
Dellagnol declarou: "O Ministério Público Federal não está julgando aqui quem Lula foi". O procurador afirma que a propina destinada ao ex-presidente supera a quantia de R$ 3 milhões.
A Lava Jato denunciou formalmente nesta quarta-feira (14) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o empresário Léo Pinheiro, da OAS, dois funcionários da empreiteira e outros dois investigados.
Na denúncia contra Lula, o Ministério Público Federal pede o confisco de R$ 87 milhões. A acusação aponta "14 conjuntos de evidências que se juntam e apontam para Lula como peça central da Lava Jato". Segundo a denúncia, o ex-presidente poderia ter determinado a interrupção do esquema criminoso.
"Essas provas demonstram que Lula era o grande general que comandou a realização e a continuidade da prática dos crimes com poderes para determinar o funcionamento e, se quisesse, para determinar sua interrupção", disse Dallagnol.
Deltan Dallagnol chamou o governo Lula de governo da propinocracia. "O governo regido pelas propinas."