PRISÃO DE EDUARDO CUNHA

Sérgio Moro pediu prisão de Cunha 6 dias após receber processos

Dos sete inquéritos em que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF), cinco deles têm relação com a Operação Lava Jato

JC Online
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Publicado em 19/10/2016 às 13:42
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Dos sete inquéritos em que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF), cinco deles têm relação com a Operação Lava Jato - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, assinou o pedido de prisão preventiva de Eduardo Cunha (PMDB), nesta quarta-feira (19), 6 dias após ter retomado o processo que corria contra o peemedebista no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação penal que culminou no pedido de prisão se refere à existência de contas na Suíça no nome de Cunha, fato negado viementemente por ele.

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MORO

Dos sete inquéritos em que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF), cinco deles têm relação com a Operação Lava Jato e foram para repassados para Moro. Como o STF já havia aceitado a denúncia, o juiz apenas vai continuar o julgamento do caso, a partir de onde o processo parou na Suprema Corte.

A investigação sobre contas na Suíça e recebimento de propinas em contratos da Petrobras foi transferida para a 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná após a perda de mandato de Eduardo e consequentemente a perda do foro privilegiado, que lhe garantia ser julgado apenas pelo STF.

Agora, toda a ação penal contra o ex-deputado deverá correr os trâmites normais do Judiciário para qualquer cidadão. Isso significa que o julgamento contra Cunha poderá passar por todas as instâncias até que seja definida uma condenação.

Despacho

No despacho em que recebeu a denúncia, Moro fez questão de lembrar que o MPF retirou a acusação de crime eleitoral contra Eduardo Cunha, pela ocultação. Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Bênin, na África, e usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. 

Na semana passada, o ex-deputado já havia afirmado que não se pronunciaria sobre qualquer parte do processo. Segundo ele, o assunto é exclusivo dos seus advogados.


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