Líder do governo diz que pedido de impeachment ''não tem cabimento''

O pedido de impeachment do presidente Michel Temer foi apresentado pelos parlamentares do PSOL
ABr
Publicado em 28/11/2016 às 19:49
O pedido de impeachment do presidente Michel Temer foi apresentado pelos parlamentares do PSOL Foto: Foto: Câmara dos Deputados


O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), classificou de “sem cabimento” o pedido de impeachment do presidente Michel Temer apresentado nesta segunda-feira (28) pelos parlamentares do PSOL. “Não tem sentido não tem cabimento jurídico nem político”, disse o líder ao sair de reunião da base aliada no Palácio do Planalto.

Jucá acusou ainda a oposição de estar “tentando atrapalhar” o governo e de fazer uma “xicana política”. “Não tem nenhuma dimensão, nem razoabilidade. Portanto, nós vamos votar as questões que são importantes para o país voltar a crescer e gerar empregos, que é o fundamental”, disse.

Entre as pautas focadas no crescimento econômico elencadas pelo líder está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos Públicos, que será votada em primeiro turno esta semana. Segundo Jucá, os líderes da base aliada garantem mais de 60 votos a favor da proposta no Senado.

Impeachment

O pedido de impeachment do presidente foi apresentado na tarde de hoje pelos parlamentares do PSOL. O documento argumenta que Temer incorreu em crime de responsabilidade contra a probidade na administração pública durante o episódio envolvendo os ex-ministros da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e da Cultura, Marcelo Calero.

O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero pediu demissão do cargo no dia 18 e alegou que o ministro Geddel Vieira Lima o pressionou a intervir junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador, onde ele adquiriu um imóvel. Segundo depoimento prestado por Calero na Polícia Federal, o presidente Michel Temer também o teria abordado a respeito da situação. Ontem, Temer argumentou que estava apenas “arbitrando conflitos” entre decisões divergentes de um órgão público.

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