O movimento Vem Pra Rua lançou na sexta-feira, 10, uma nova plataforma online para cobrar o posicionamento dos parlamentares sobre o fim do foro privilegiado. O modelo é parecido com o "Mapa do Impeachment" divulgado no ano passado pelo grupo para pressionar os deputados e senadores a votar pelo afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff.
No mapa, os parlamentares são classificados de acordo com sua opinião sobre a Proposta de Emenda Constitucional 10/2013, que está em tramitação no Senado e estabelece o fim do foro privilegiado para todas as autoridades do País, inclusive o presidente da República, além de permitir a prisão de membros do Congresso condenados na segunda instância.
Até o momento, o site registra que, dos 81 senadores, 12 são a favor da proposta e classifica os outros 69 como "indecisos". O critérios utilizado pelos organizadores é marcar como favoráveis à PEC todos os parlamentares que já fizeram declarações públicas de apoio ao fim do foro. Quem ainda não se posicionou, está classificado como indeciso. Nenhum senador foi marcado como contrário à proposta até agora.
Através da plataforma, os eleitores podem enviar mensagens por e-mail ou pelas redes sociais para aqueles parlamentares que ainda não se manifestaram sobre o assunto e cobrar que eles votem a favor da proposta. "Já que este senador está indeciso, você pode entrar em contato com ele para cobrá-lo por seu posicionamento. Com as informações que já são públicas, é inaceitável um parlamentar não se posicionar", diz o texto do site.
A aprovação da PEC 10/2013 é um dos temas da manifestação que está sendo organizada pelos grupos como o Vem pra Rua e o Movimento Brasil Livre para o próximo dia 26 em todo o País. No Senado, um grupo de parlamentares está juntando assinaturas para que o a proposta ganhe o ritmo de urgência e seja levada à votação no plenário da Casa.
Durante o fim de semana, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) usou a sua conta Twitter para responder os internautas que lhe mandaram mensagens pedindo para que ele assinasse o pedido de urgência da proposta. "Não tenho tempo de ficar pelos corredores (do Senado) atrás de uma lista. Se chegar a mim, assino", disse. O peemedebista justificou que apenas um pequeno número de senadores assinou o pedido porque "no Senado, circulam várias listas para todo o tipo de situações".
Ele também afirmou que "sempre" foi a favor do fim do foro privilegiado, e pediu respeito a quem o acusava de estar fugindo do debate. "Você não sabe com quem está falando. Antes de falar em covardia procure conhecer o parlamentar melhor", disse.