O governador Paulo Câmara (PSB) disse ser favorável à reforma Trabalhista, mas destacou que acompanha o seu partido na decisão de fechar questão contra a proposta apresentada pelo governo Michel Temer (PMDB).
"A reforma Trabalhista precisa ser feita. Ela tem que garantir cada vez mais que o trabalhador seja produtivo e ao mesmo tempo possa receber bem e com regras estáveis. A orientação do partido é que não votem no projeto (debatido no Congresso). Ele precisa ser aperfeiçoado. Eu acato a posição do partido. Entendo que ela é relevante, responsável e que pode, com muita discussão e diálogo, fazer com que reforma seja melhor do que a que está sendo votada agora, que tem muitas restrições. A gente como dirigente e filiado ao partido, ao PSB, respeita as suas decisões e apoia as suas decisões da Executiva nacional"
O PSB também fechou questão contra a Reforma da Previdência, mas nesse caso Paulo Câmara discorda da posição do partido. Ele chegou a classificar a iniciativa socialista de afobada.
"O que tenho dito e reafirmo é que se houver tempo de discussão, de sentar na mesa, e procurar aperfeiçoar o projeto por que não fazer isso? Por que fechar portas e não buscar o entendimento? Sou uma pessoa que busco permanentemente o diálogo. Acho que nessa reforma da Previdência, a partir dos avanços que houve entre o primeiro projeto e o segundo, pode chegar a um ponto ainda melhor, que possa garantir os direitos. A gente pode avançar muito. Isso que defendo, que a gente tenha o debate e não deixe fechar portas ainda temos algumas semanas".
Apesar de dizer que o PSB está certo em fechar questão contra a reforma Trabalhista, Paulo Câmara gravou um vídeo para o Palácio do Planalto defendendo a medida.
"O Brasil precisa avançar. Hoje é um País com pouca produtividade e com alta carga custo-trabalhador. Isso precisa ser revisto. O Brasil precisa ser um País produtivo, que o trabalhador possa ganhar bem e não onere tanto as indústrias. Isso precisa ser bem discutido e o momento é esse", declarou, no vídeo.
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