Três militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), presos durante a greve geral do último dia 28, serão liberados nas próximas 48 horas após decisão da Justiça publicada nesta quinta-feira (4). O desembargador Otávio de Almeida Toledo aceitou o pedido de habeas corpus da defesa. Até o início da noite de hoje, eles ainda estavam no Presídio de Tremembé, em São Paulo.
Os integrantes do MTST foram acusados de tentativa de incêndio, explosão e incitação ao crime durante uma manifestação contra as reformas trabalhista e da Previdência na Avenida José Pinheiro Borges, em Itaquera, e levados para o 63º Distrito Policial, na Vila Jacuí.
No sábado (29), a juíza Marcela Filus Coelho rejeitou o pedido dos advogados do MTST e os manteve presos, convertendo a prisão em flagrante em prisão preventiva. Na decisão, a juíza afirmou que a prisão dos três manifestantes era necessária para “garantir a ordem pública”.
Na manhã do dia 2, o grupo foi levado para ao Centro de Detenção Provisória de Vila Independência, na zona leste da capital paulista. Após pedido da defesa, sob argumento de risco para os militantes, eles foram transferidos para a unidade de Tremembé, no interior do estado.
O MTST criticou as prisões e afirma não haver provas contra os manifestantes além do relato dos policiais militares que os prenderam. O movimento também disse na ocasião que as prisões configuram uma “tentativa de se criminalizar os movimentos sociais no país”. Segundo o movimento, os três ativistas foram os únicos dos 39 manifestantes detidos em todo o estado que permaneceram presos.