A viagem para a qual embarca, na tarde desta segunda-feira (19), o presidente Michel Temer, além de ser para o maior país em extensão territorial do planeta, poderia ser uma viagem de volta a um século atrás. Caso fosse seguida a agenda publicada pelo Palácio do Planalto no seu site oficial, o presidente brasileiro pegaria um voo para a extinta República Socialista Federativa Soviética da Rússia, república na qual tal regime já nem existe mais.
Constituída por 16 repúblicas independentes, a Rússia soviética foi o primeiro estado soberano constitucionalmente socialista do planeta. Proclamada em 1917, a república e seu regime econômico e social chegaram ao fim no início da década de 90, abolindo de vez o regime soviético e dando origem ao que hoje conhecemos como a Rússia, país que será visitado por Temer, assim como a Noruega.
O erro da presidência na divulgação do destino foi corrigido logo em seguida pelo Planalto. Confirmando a partida do político de Brasília para a "Federação Russa".
Importante parceiro comercial para o Brasil, a Rússia manteve com o nosso País uma corrente de comércio que girou em cerca de 4,3 bilhões de dólares no ano passado. Neste ano, em cinco meses, alcançou US$ 2,13 bilhões. Em 2017, o Brasil exportou US$ 1,08 bilhão, os russos compraram US$ 1,05 bilhão.
Entre os principais compromissos da viagem internacional estão incluídas reuniões com o presidente Vladimir Putin, em Moscou, e com o rei Harald V e a primeira-ministra Erna Solberg, em Oslo.