Ao comentar a derrota do governo na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), nesta terça-feira (20), o presidente da República Michel Temer disse que o que importa mesmo "é o plenário", onde será definido a aprovação ou não da proposta da Reforma Trabalhista. Por 10 votos a 9, os deputados governistas foram derrotados na votação do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), e Temer fez questão de comentar a sessão mesmo estando na Rússia, cumprindo agenda oficial.
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(AI) Michel Temer destaca q o plenário do @SenadoFederal tem a última palavra sobre a modernização trabalhista. “O Brasil ganha no plenário” pic.twitter.com/lOyPTPpq8v
— Michel Temer (@MichelTemer) 20 de junho de 2017
"Isso é muito natural, passa por várias comissões, ganha em uma comissão, perda na outra. O que importa é o plenário, portanto é uma etapa, só. Aliás vocês se recordam que no caso da Câmara dos Deputados, houve um momento que a urgência não chegou a ser votada e depois foi pro plenário, ganhamos com muita facilidade. Então agora vai ao plenário, e lá o governo vai ganhar", disparou o peemedebista.
Com a votação apertada, o governo foi encurralado pela mudança repentina de peças fundamentais para a aprovação da medida na comissão. O senador Otto Alencar (PSD-BA), contrário à reforma, votou como suplente de Sérgio Petecão (PSD-AC), que estava ausente. Helio José (PMDB-DF) e Eduardo Amorim (PSDB-SE) foram os outros dois votantes que garantiram a rejeição do texto.
O placar esperado pelo governo era de 11 votos favoráveis e 9 contrários, segundo o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Ele já anunciou que manterá na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o relatório anteriormente aprovado na CAE.
Mesmo rejeitada na CAS, a matéria agora segue para a CCJ, onde será votada antes de ir á votação final no plenário da Casa.
Mesmo com a certeza que a votação definitiva é a do plenário, senadores da oposição comemoram a primeira derrota do governo após a avalanche de acusações do empresário Joesley Batista. Em vídeo no Facebook, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) compartilhou o momento em que parlamentares comemoram aos gritos de "Fora Temer".