A bancada federal de Pernambuco é composta por 25 deputados e a maioria não quis se comprometer em relação à denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB) mesmo depois da formalização do documento no Supremo Tribunal Federal (STF). A exemplo de um levantamento no último dia 17, oito parlamentares afirmaram que se posicionarão pela admissibilidade da denúncia e dois pelo arquivamento.
“Somente após conhecer o teor completo da peça acusatória e ter conhecimento da defesa formal que o presidente irá fazer é que se pode formar uma opinião mais completa e responsável sobre o futuro do governo Temer”, disse Jarbas Vasconcelos (PMDB).
O argumento de que é preciso estar a par da denúncia também foi usado por Betinho Gomes (PSDB). “Quero ver o inquérito para poder me posicionar. Se tiver consistência, a tendência é votar para autorizar o pedido da PGR”, afirmou.
“Vou mergulhar no processo e para fazer uma avaliação mais consistente. Votarei com isenção porque não é uma questão partidária ou de ser governo ou oposição, mas sim de valores”, ponderou André de Paula (PSD).
Cadoca, que está sem partido, mas já foi convidado por Temer para ingressar no PMDB, e Kaio Maniçoba (PMDB) disseram que qualquer análise no momento é prematura. Jorge Côrte Real (PTB) só se posicionará após ouvir defesa do presidente.
Eduardo da Fonte (PP) vai aguardar o relatório da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal.
Adalberto Cavalcanti (PTB), Ricardo Teobaldo (Podemos) e Pastor Eurico (PHS) vão aguardar a deliberação do partido. Zeca Cavalcanti (PTB), Guilherme Coelho (PSDB), Augusto Coutinho (Solidariedade) e Creuza Pereira (PSB) não responderam.
“Meu voto é favor da abertura de investigação”, enfatizou Daniel Coelho (PSDB).
Danilo Cabral, Tadeu Alencar, Gonzaga Patriota e Severino Ninho, todos do PSB, defendem a abertura do processo contra Temer. “As denúncias são gravíssimas e devem ser rigorosamente investigadas pelo STF”, afirmou Danilo.
Já Tadeu criticou o pronunciamento feito pelo presidente ontem. “Foi o canto do cisne. Ele tem que explicar muita coisa”, declarou.
Os ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), da Educação, Mendonça Filho (DEM), da Defesa, Raul Jungmann (PPS), e de Minas e Energia (PSB), Fernando Filho, têm a possibilidade de retomar o mandato e participar da votação. Fernando Filho não quis responder e os demais informaram que não há nenhuma tratativa nesse sentido.
Quem também pode assumir o mandato são os secretários estaduais de Turismo, Felipe Carreras (PSB) e, de Transportes, Sebastião Oliveira (PR). Carreras informou que a decisão cabe ao partido. Oliveira vai conversar com o PR e o governador Paulo Câmara (PSB).
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