[VÍDEO] Geddel chora e diz estar disposto a cooperar com a Justiça no que for necessário

Sobre o conteúdo das conversas com a mulher do doleiro Lúcio Funaro, ex-ministro disse que o assunto sempre foi a família
JC Online
Publicado em 06/07/2017 às 16:30
Sobre o conteúdo das conversas com a mulher do doleiro Lúcio Funaro, ex-ministro disse que o assunto sempre foi a família Foto: Foto: Reprodução


O ex-ministro do governo Temer Geddel Vieira Lima foi ouvido, nesta quinta-feira (6), durante audiência de custódia em Brasília, em relação à sua preventiva no âmbito dos desdobramentos da operação Cui Bono, que revelaram esquema criminoso na Caixa Econômica Federal. Alegando já estar vivendo em prisão domiciliar por não sair de casa, Geddel chorou ao falar sobre a família e disse estar comprometido a cooperar com a Justiça no que for necessário, se houver alguma necessidade.

Geddel foi preso preventivamente nessa terça-feira (4), pela Polícia Federal, na Bahia, e em seguida transferido para Brasília, de onde partiu o pedido de prisão por parte da Justiça Federal. O mandado de prisão foi assinado pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal por conta da suspeita de repasses irregulares na Caixa Econômica Federal.

Afirmando que a família precisa dele para se "sustentar", Geddel disse estar disposto a cooperar com a Justiça e confirmou ter entrado em contato com a mulher do operador do PMDB Lúcio Funaro por cerca de "10 vezes", sem saber precisar um número exato.

Sobre o conteúdo das conversas, Geddel disse apenas estar sensibilizado com a situação que a mulher de Funaro vivia, conversando com ele sobre a família, já que o marido havia sido preso na operação Sépsis.

O operador entregou à PF reproduções dos diálogos mantidos entre o ex-ministro e Raquel Funaro durante maio e junho deste ano. Segundo os investigadores, as ligações de Geddel na verdade seriam uma forma de pressionar Raquel em relação a uma possível delação do marido, ligado a Eduardo Cunha, que pode atingir fatalmente o Planalto, inclusive Michel Temer.

Questionado em relação à obstrução da justiça, Geddel foi enfático. "Em nenhum moomento, em nenhuma forma", esclareceu referindo-se a qualquer tipo de vantagem ofertada a algupem que pudesse interferir nas decisões judiciais.

Dentro do período de um ano, Geddel disse não ter mantido contato com Joesley Batista, justamente por ser investigado. O mesmo foi relatado por ele quando questionado sobre Eduardo Cunha, preso na Lava Jato.

Mesmo alertando para a não necessidade de continuar preso, a decisão da audiência de custódia foi pela manutenção da preventiva.

Delações premiadas

Lúcio Funaro e Eduardo Cunha já acertam os últimos detalhes para fecharem acordos de delação premiada com o Ministério Público. Segundo a Folha de São Paulo, Cunha já anexou 100 páginas de rascunho para entregar ao MPF. Os citados vão desde Michel Temer a outros ministros da cúpula do Planalto.

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