O advogado Antonio Mariz de Oliveira, que defende o presidente da República, Michel Temer (PMDB), reafirmou durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados, que não houve crime, nem nenhuma comprovação de que o peemedebista tenha recebido qualquer quantia, ou atuado em favor de empresas.
"Lanço um desafio, de que se diga quando e onde o presidente recebeu um níquel sequer", disse. "A acusação é injuriosa, e não tem cabimento", disse Mariz.
Ele rebateu o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que pediu a continuidade da investigação da denúncia de corrupção passiva contra o presidente Temer. Um pedido de vista coletivo adiou a votação do relatório. Neste momento, os líderes falam em nome de seus partidos.
Para Antonio Mariz de Oliveira, o Ministério Público Federal está extrapolando sua atuação, tanto ao perseguir seu cliente com uma "atuação exacerbada", quanto nas delações, que para ele foram muito favoráveis, em particular a dos donos da J&F, Joesley e Wesley Batista, que deram origem à denúncia contra Temer. "Eles tiveram como prêmio a impunidade absoluta, e tiveram direito até de ganhar dinheiro com o câmbio na bolsa", disse.
Quanto à gravação da conversa entre Temer e um dos delatores, Mariz voltou a dizer que ela não está de acordo com a legislação, mas mesmo assim ela não tem nenhum elemento de prova.
Mariz minimizou o fato de Temer ter se encontrado com Joesley Batista à noite e na casa oficial da Presidência, sem registros públicos. "Como o procurador-geral também já se encontrou com o presidente fora da agenda, e muitos parlamentares desta Casa também", disse.