PMDB decide fechar questão pelo arquivamento da denúncia contra Temer

Presidente do PMDB, Romero Jucá, afirmou que o líder da bancada, Baleia Rossi, já tem a prerrogativa de suspender as funções partidária por 90 dias
Editoria de Política
Publicado em 12/07/2017 às 11:40
Presidente do PMDB, Romero Jucá, afirmou que o líder da bancada, Baleia Rossi, já tem a prerrogativa de suspender as funções partidária por 90 dias Foto: Agência Senado


Atualizada às 12h20

A Executiva Nacional do PMDB fechou questão pelo arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) e exigirá dos seus deputados posicionamento favorável ao presidente Michel Temer nas votações na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e no plenário da Casa. A decisão foi tomada por unanimidade, em reunião da Executiva Nacional realizada na manhã desta quarta-feira (12) que reuniu 24 membros da legenda, entre deputados, senadores e ministros. 

Jucá afirmou que os deputados que forem contra a determinação do partido serão punidos. “Quem não cumprir a decisão será enquadrado pelo conselho de ética do partido e sofrerá punição" escreveu o senador no seu Twitter. Ele contou ainda que o líder do PMDB na Câmara, o deputado Baleia Rossi "já tem a prerrogativa de suspender as funções partidárias por 90 dias".  

Segundo o vice-líder do governo na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), os parlamentares não serão expulsos da legenda, mas, por exemplo, se, são membros de uma comissão, ou presidentes em comissão ou do partido num Estado, perderão essas posições. "O PMDB fecha questão para derrubar essa denúncia que faz mal ao País e à política brasileira", contou. 

"Está na hora, sim, do PMDB exigir do seu deputado cumprimento do estatuto, das suas ideias e acompanhar o momento de transformação que o País vive liderado pelo presidente Michel", disse. Segundo ele, o partido está "unidíssimo" e essa união será mostrada amanhã na CCJ e depois no plenário da Câmara. "E, se não tivesse unido, não teria feito essas reformas dos últimos 13 meses. O presidente Michel será considerado o presidente reformista da história política do Brasil, então está muito unido", acrescentou. 

Perondi negou que o fechamento de questão tenha sido uma exigência do Palácio do Planalto. Ele afirmou que foi feita uma discussão de mais de uma hora e todos os membros presentes opinaram pelo fechamento de questão.

Relator

O próprio relator da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado federal Sérgio Zveiter, que é do PMDB, votou pela abertura do processo criminal contra Temer no Supremo Tribunal Federal (STF). Os peemedebistas já esperavam esse posicionamento do relator, que se declara independente, mas foram surpreendidos com a leitura do seu parecer na comissão, visto como muito duro. Ele foi indicado para a relatoria pelo presidente da comissão, o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).

Questionado se Sergio Zveiter (PMDB-RJ) será expulso do partido, Perondi disse que não. "Expulso não. Se ele não votar com o partido, sim, ele será um dos penalizados."

Requerimento

Darcísio Perondi confirmou que o partido tem pronto um requerimento para ser apresentado à CCJ para encurtar a sessão de debates. "Ninguém vai aguentar 40 horas de debate, nem a oposição. Então, nós vamos tentar convergir hoje à tarde para não ser nem uma hora, nem quatro horas, nem 40 horas. E se a oposição não aceitar esse gesto de pacificação, que nós da base faremos com a oposição, sim, será apresentado um requerimento para suspender a discussão com 10 parlamentares falando, o que manda o regimento. Então, vai depender da disposição da oposição em convergir. Nem 4 horas, nem 40 horas", afirmou.

 Veja o vídeo do presidente do PMDB, Romero Jucá, sobre a decisão da Executiva Nacional:

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