A avaliação de que o governo do presidente Michel Temer é melhor do que a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff registrou queda de 18% para 11%, entre março e julho deste ano, segundo pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quinta-feira, 27.
A parcela da população que considera que o governo Temer é pior do que o da petista aumentou de 41% para 52% de uma edição da pesquisa para a outra. Para 35%, os dois governos são iguais, ante 38% na pesquisa anterior. Outros 2% não sabem ou não responderam.
Ainda de acordo com a pesquisa, a aprovação do governo Temer caiu de 10% para 5%, entre março e julho deste ano. A avaliação negativa do governo aumentou para 70%. No levantamento anterior, divulgado há cerca de quatro meses, o porcentual dos que avaliavam o governo como ruim ou péssimo era de 55%.
Já a parcela que considera o governo regular caiu para 21% em julho, ante 31% na última pesquisa. Os que não souberam ou não responderam sobre a avaliação do governo representaram 3% dos entrevistados.
Também pioraram as expectativas para o tempo restante do governo Temer, segundo a pesquisa. Aqueles que acreditam que a perspectiva é ruim ou péssima aumentaram de 52% para 65% entre março e julho. Já os que avaliam o restante do governo será ótimo ou bom diminuíram de 14% para 9%. Os que preveem o restante do governo como regular oscilaram de 28% para 22% dos entrevistados. Outros 5% não souberam ou não responderam.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 16 de julho deste ano. O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 125 municípios. A margem de erro estimada é de 2 pontos porcentuais para mais ou menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança utilizado é de 95%.
A aprovação do governo do presidente Michel Temer caiu de 10% para 5% nos últimos quatro meses, de acordo com a pesquisa, ante 7% na gestão Sarney, em junho e julho de 1989; 12% no final do governo de Fernando Collor, em agosto de 1992; e 9% no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, em junho e dezembro de 2015.
O porcentual de rejeição é um dos mais altos registrados desde a gestão Sarney. A avaliação negativa do governo Temer aumentou de 55% para 70%, entre março e julho deste ano, ante 64% no governo Sarney, em julho de 1989; 59% no final do governo de Fernando Collor, em agosto de 1992; e 70% no governo Dilma, em dezembro de 2015.