Supremo decide hoje se mantém prisão de procurador delatado pela JBS

No recurso, a defesa de Villela pede que a prisão por tempo indeterminado, decretada pelo ministro Edson Fachin, relator do caso, seja substituída por outras medidas cautelares
JC Online
Publicado em 01/08/2017 às 11:53
No recurso, a defesa de Villela pede que a prisão por tempo indeterminado, decretada pelo ministro Edson Fachin, relator do caso, seja substituída por outras medidas cautelares Foto: Foto: Divulgação


A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta terça-feira (1º) o pedido de liberdade feito pela defesa do procurador da República Ângelo Goulart Villela, preso pela Polícia Federal (PF), em maio, a partir das investigações envolvendo as delações da JBS. A sessão está prevista para as 14h.

No recurso, a defesa de Villela pede que a prisão por tempo indeterminado, decretada pelo ministro Edson Fachin, relator do caso, seja substituída por outras medidas cautelares, como prisão domiciliar e proibição de viajar para o exterior sem comunicar a Justiça. Além de Fachin, compõem a Segunda Turma os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Celso de Mello.

De acordo com as investigações, Villela atuava como informante do empresário Joesley Batista, dono e um dos delatores da JBS, nas investigações que envolvem a empresa na Justiça Federal em troca de recebimento de R$ 50 mil mensais.

Antes de ser preso, o procurador atuava como assessor da Procuradoria-Geral Eleitoral junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também participou da força-tarefa do caso Greenfield, que apura suspeitas de irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país, processos nos quais a JBS é investigada.

Para a defesa do procurador, a prisão foi decretada com base em “inverdades” dos acordos de delação e “desprovida de indícios mínimos capazes de atestar o eventual cometimento dos ilícitos” por Villela.

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