'É melhor colocar o Brasil nas Casas Bahia', diz Lula sobre Renca

Segundo o Ministério Público Federal, a reserva tem tamanho equivalente ao desmate acumulado na Amazônia nos últimos quatro anos
Estadão Conteúdo
Publicado em 04/09/2017 às 13:50
Segundo o Ministério Público Federal, a reserva tem tamanho equivalente ao desmate acumulado na Amazônia nos últimos quatro anos Foto: Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (4) o governo Michel Temer por extinguir a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), na Amazônia. "Agora querem vender a Amazônia, querem entregar a nossa água doce, ou seja, se é pra gente ter governo para fazer o que estão fazendo agora, é melhor a gente colocar o Brasil nas Casas Bahia", declarou o petista, que está em Teresina, onde recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A cerimônia foi transmitida pelas redes sociais do PT.

Após críticas de ambientalistas e de grupos que viam na medida uma "entrega" do patrimônio mineral brasileiro a interesses privados, o governo federal determinou a paralisação de todos os procedimentos relativos à atividade de mineradoras no Renca. Na prática, a decisão não revoga o decreto assinado por Temer, mas suspende, por ora, a permissão para o avanço da exploração mineral sobre a área. Segundo o Ministério Público Federal, a reserva tem tamanho equivalente ao desmate acumulado na Amazônia nos últimos quatro anos.

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No evento da UFPI, Lula exaltou os feitos das gestões petistas na educação e dedicou o título à sua falecida mulher, Marisa Letícia, e ao ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, seu ministro da Educação e um possível "plano B" do PT ao Planalto caso o ex-presidente não possa concorrer no ano que vem. Para Lula, Haddad foi "o melhor ministro da Educação que esse País já teve".

Esta é uma das últimas paradas da caravana de Lula. Após 19 dias de trajeto, a viagem deve terminar nesta terça-feira (5) em São Luis. Na capital maranhense, o ex-presidente deve ser recebido pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

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