Na última semana de mandato à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), em que pretende apresentar nova denúncia contra o presidente da República, o procurador-geral Rodrigo Janot estará sob julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), diante de um pedido de suspeição que a defesa de Michel Temer apresentou. O mandato de Janot encerra-se dia 17.
A defesa de Temer alega que o procurador-geral tem perseguido Temer e age por motivos políticos, e que não teria condições de continuar conduzindo as investigações contra o presidente da República. O ministro Edson Fachin, relator do pedido, já decidiu a favor de Janot, que não se considera suspeito. Diante de recurso da defesa, Fachin decidiu nesta sexta-feira, 8, levar a ação para julgamento no plenário. O item é o primeiro da pauta de julgamentos do dia 13 de setembro.
Sob o crivo dos ministros do STF, Janot sairá do julgamento ou impedido ou com aval para apresentar a segunda denúncia contra o presidente Temer, investigado por organização criminosa e obstrução de investigação à organização criminosa. Além de Temer, Janot ainda pode denunciar deputados federais do PMDB, no inquérito do "quadrilhão" do PMDB da Câmara.