A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara sofreu mais uma alteração em sua composição. O PSDB tirou o deputado João Gualberto (BA) da suplência e formalizou sua ida para a vaga de titular na comissão. Gualberto liderou a coleta de assinaturas para um dos pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer que aguardam despacho da presidência da Câmara.
Gualberto vai para a vaga de Jutahy Júnior (BA), que por sua vez foi para a suplência. Assim como Gualberto, Jutahy também votou a favor do prosseguimento da primeira denúncia contra Temer, ou seja, a inversão de papéis não muda a perspectiva dos votos dos tucanos no colegiado. Na primeira votação, a maioria dos sete deputados do PSDB na comissão votou pela admissibilidade da denúncia.
Jutahy alegou que não estará em Brasília durante a votação na comissão e sugeriu a indicação de Gualberto. Em ofício ao líder Ricardo Tripoli (SP), Jutahy diz que o colega de bancada "também representa a Bahia" e que eles têm "convergência de pensamento em relação ao tema".
A primeira mudança na CCJ desde que a denúncia chegou à Câmara foi nas fileiras do PTB. Nesta terça-feira, 26, o partido tirou Nelson Marquezelli (SP) da suplência e o colocou na vaga de titular. Marquezelli votou com o governo na primeira denúncia.
O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), adiou para o período da tarde o anúncio da decisão sobre o desmembramento ou não da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da República).
Devido ao adiamento da notificação dos acusados por um problema técnico com os arquivos digitais enviados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Pacheco vai esperar o encaminhamento formal do pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para comunicar sua decisão. O peemedebista, no entanto, sinalizou que a indicação do relator da nova denúncia, previsto para esta quarta, pode ficar para quinta-feira, dia 28.