Justiça determina prisão de outro envolvido em propina da Odebrecht

A informação é da agência EFE
ABr
Publicado em 29/09/2017 às 15:50
A informação é da agência EFE Foto: Foto: Divulgação


O juiz Richard Concepción decretou nesta sexta-feira (29) 18 meses de prisão preventiva contra Víctor Muñoz Cuba, envolvido na propina de US$ 6,2 milhões da Odebrecht paga ao ex-vice-ministro de Comunicações Jorge Cuba Hidalgo para a construção da Linha 1 do metrô de Lima. A informação é da agência EFE.

De acordo com a denúncia da procuradora Gladys Rojas, Muñoz Cuba, primo do ex-vice-ministro, realizou a transferência de US$ 6,2 milhões, dos aproximadamente 8,1 milhões de dólares entregues pela Odebrecht, através das empresas Hispamar International Corporation e Coneng Assets Incorporated.

Muñoz Cuba, como representante da empresa Hispamar, pediu à Banca Privada de Andorra em 2014 que fechasse uma conta e transferisse o dinheiro para outra conta da Coneng Assets, no banco suíço BSI.

As obras da Linha 1 do metrô de Lima começaram na primeira gestão (1985-1990) do ex-presidente Alan García e terminaram na segunda (2006-2011), mas as ampliações estão atualmente em construção com outras companhias.

Linha 1

Dentro do mandato de García, a Justiça investiga os pagamentos ilegais feitos pela Odebrecht para ganhar a licitação da construção da Linha 1 do metrô de Lima, motivo pelo qual se encontram detidos o ex-vice-ministro de Comunicações Jorge Cuba e vários membros do comitê de licitação da obra.

Alan García explicou os esquemas de corrupção ocorridos em seu segundo governo e, em fevereiro, prestou depoimento sobre o contrato do Gasoduto Sul Peruano, licitado no governo de Ollanta Humala.

O Ministério Público do Peru investiga propinas de US$ 29 milhões pagas pela Odebrecht em um período que compreende o governo de Alejandro Toledo (2001-2006), o segundo governo de Alan García (2006-2011) e o de Ollanta Humala (2011-2016).

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