'Atividade do Poder Judiciário não é passiva', diz Cármen Lúcia

'Ativa-se o Judiciário para que a injustiça não prevaleça', defendeu a presidente do STF
Estadão Conteúdo
Publicado em 04/12/2017 às 10:28
'Ativa-se o Judiciário para que a injustiça não prevaleça', defendeu a presidente do STF Foto: Foto: ABr


Na abertura do "Seminário Independência e Ativismo Judicial: Desafios Atuais", no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou que a atividade do Poder Judiciário não pode ser passiva e mostrou-se a favor de que o termo "ativismo judiciário", não seja compreendido como abuso, mas como dever dos magistrados.

"A atividade do Poder Judiciário não é passiva. Atua o Judiciário. Ativa-se o Judiciário para que a injustiça não prevaleça", disse a presidente do STF nesta segunda-feira, 4, fazendo referência ao pronunciamento do vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia. Segundo o procurador, "ativismo judicial é uma expressão criada por quem não quer a atividade do Judiciário".

A expressão "ativismo judicial" é comumente utilizada para dizer quando a Justiça decide sobre temas que em tese estariam na alçada de atuação do Legislativo. Cármen Lúcia destacou que, de um lado, há os defensores dessa atuação e, de outro, há os críticos. "Há diversas compreensões. Algumas que são somadas questionando porque não se quer a atuação do Judiciário, e aqueles que veem um avanço", disse ela, defendendo o equilíbrio

Limites

"Não queremos que o Judiciário vá além dos seus limites nem a menos do que a lei e a Constituição exige", completou a presidente do STF.

A ministra chamou a atenção para a responsabilidade do magistrado ao decidir. "É preciso que o juiz ao falar seja a manifestação do direito, não a sua vontade", disse.

TAGS
STF poder judiciário
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory