O PSB inicia, na noite de hoje, o seu congresso que vai escolher a nova mesa diretora. Embora haja consenso para a recondução de Carlos Siqueira à frente da legenda, o partido ainda não definiu qual rumo tomará na eleição deste ano. Após especulações de que o vice-governador de São Paulo, Márcio França, poderia montar uma chapa para comandar o partido, o PSB alcançou a unidade. O consenso evidencia que o partido deverá seguir com forças de centro-esquerda do País nas eleições de outubro, caso não opte pela candidatura própria, já que o vice-governador de São Paulo, Márcio França, que busca o apoio do PSB, não disputará o comando, como foi cogitado meses atrás.
Até a noite dessa quarta (28), a única chapa inscrita era a de Siqueira. Porém o prazo para a inscrição é no sábado, último dia do encontro. “Acho que o partido tem um projeto eleitoral e político que está muito bem consolidado, com candidaturas a governador, boas perspectivas para deputados e para senador. Acho que o projeto maior e coletivo está acima dos interesses individuais. Todos os companheiros entenderam isso da necessidade da unidade nesse momento”, disse Carlos Siqueira.
O congresso irá iniciar, de forma oficial, o debate sobre o rumo que o PSB tomará no pleito deste ano. A definição só deve ser acertada em julho, pouco tempo antes das convenções partidárias, em um congresso extraordinário. “O quadro da sucessão presidencial segue incerto e precisamos aguardar e ouvir. É o momento de ouvir a opinião de todos os segmentos, setores e militantes e depois deixar que o quadro se estabeleça melhor para tomar nossa decisão, seja pela própria, se é coligação e com quem. Nós ainda temos tempo para chegar a esta questão”, acrescentou Siqueira.
Segundo o presidente do partido, as posições dos membros do partido serão melhor conhecidas após o encontro deste mês. “Acho que depois do encontro, quando a gente ouvir toda a militância, as lideranças, os candidatos a governador, a gente possa ter uma visão melhor. No momento, ainda paira muita dúvida sobre o melhor caminho”, pontuou Siqueira.
O governador Paulo Câmara é vice-presidente da legenda e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, é o secretário-geral. A diretoria também deve ser reconduzida. Ontem à tarde, Paulo também comentou a unidade alcançada pelo PSB. “O partido chega unido, depois de tanta especulação para a reeleição. O partido chega unido dentro de propostas avançadas. O partido tem uma posição clara contra a forma que o governo federal vem administrando o Brasil”, afirmou.