No dia seguinte ao que se tornou o pré-candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, após vencer as prévias do partido com 80% dos votos, o prefeito da capital, João Doria, afirmou nesta segunda-feira (19) que Geraldo Alckmin e ele "agora estarão juntos". Neste domingo (18) a ausência do governador na festa da vitória do prefeito provocou mal-estar entre aliados de Doria.
"Ele me telefonou pela manhã. A primeira ligação que recebi foi a do governador Geraldo Alckmin me cumprimentando e dizendo: agora juntos. A sua candidatura é a candidatura do PSDB", afirmou Doria, destacando ainda que se encontrará com Alckmin até o fim da semana para tratar de eleições e do alinhamento entre os dois.
Doria fez questão de ressaltar que, assim como ele, Alckmin também vai renunciar a seu cargo de governador para disputar as eleições - Alckmin com três anos e três meses após reeleito e Doria com um ano e três meses de mandato. "Ele provavelmente deve deixar o cargo também no dia 6 de abril e a partir do dia 7 faremos campanhas juntos."
Ao se referir ao vice-governador Márcio França (PSB) e possível adversário na disputa pelo governo, Doria voltou a dizer que França está do lado oposto ao seu, por fazer alianças com partidos de esquerda como o PDT e o PCdoB.
"O seu próprio partido, o PSB, está alinhado com o PT nas regiões Norte e Nordeste, defendendo Lula e os outros criminosos do PT. O nosso campo é distinto", disse.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, França se declarou de "centro-esquerda", assim como era Mario Covas, tão citado por Doria como exemplo de líder político a seguir.