O presidente Michel Temer destacou durante cerimônia de posse de dez novos ministros que manteve a composição político-partidária nas negociações e na configuração da Esplanada e acrescentou que o objetivo do seu governo é "construir um novo Brasil". "Não interrompemos a administração. Ao escolhermos os ministérios mantivemos a mesma composição político-partidária", disse Temer, reforçando o necessário apoio do Congresso para que o Executivo possa "governar junto". "Vamos completar a obra que começamos. O governo tem rumo, nosso país tem rumo. Um novo Brasil voltou e veio para ficar", acrescentou.
Temer, que começou a cerimônia elogiando o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles e destacando o importante papel do sucessor Eduardo Guardia, citou nominalmente cada um dos ministros que deixou o cargo e também os que assumiram hoje.
Ao citar o agora ex-ministro da Educação Mendonça Filho Temer destacou a instituição da base nacional comum curricular, a reforma do ensino médio. Disse ainda que o atual governo salvou o Fies. Ele desejou "pleno êxito" ao novo ministro, Rossieli Soares da Silva, de quem ressaltou "o compromisso com o ensino de qualidade".
Da gestão do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, Temer destacou a reforma trabalhista, que "ajudou a colocar o Brasil no século 21". O sucessor, Helton Yomura, já integrava a equipe da pasta quando a reforma foi feita. "Ele sabe que a prioridade número um do governo é a criação de emprego. Nisso, tenho certeza que estará empenhado dia e noite", afirmou.
Temer classificou de "excepcional" o trabalho de Osmar Terra à frente do Ministério do Desenvolvimento Social e afirmou que a gestão do ministro conseguiu "resgatar e revalorizar o Bolsa Família". Temer citou ainda que durante o seu governo foi possível zerar a fila do programa. Apesar do discurso, Terra deixa a pasta nas mãos de Alberto Beltrame sem entregar um novo reajuste já prometido para o benefício. O ex-ministro que volta à Câmara para tentar um novo mandato queria usar a bandeira do reajuste como uma de suas marcas recentes.
Temer citou o fato de Beltrame ser médico, disse que ele traz "para a vida pública a preocupação de cuidar das pessoas" e que é "qualificado" para a função.
O presidente citou ainda a efetivação de Marcos Jorge no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços e disse que ele "está em plena sintonia com impulso modernizador do governo".
Ao comentar a troca de comando no Ministério de Minas e Energia, Temer elogiou Fernando Coelho Filho dizendo que ele termina um ciclo "extremamente produtivo" e afirmou que Moreira Franco já atuava muito proximamente à pasta por estar à frente da Secretaria-Geral e que Moreira dispensava apresentações. "Ele conhece os desafios do nosso governo. E nada do que se iniciou vai ser paralisado. Pelo contrário. Vai seguir no mesmo ritmo", disse Temer.
Apesar das declarações do presidente, no setor elétrico, a escolha de Moreira Franco para o Ministério de Minas e Energia fez com que as ações da Eletrobras despencassem nos últimos pregões. O temor no mercado é que a privatização da empresa seja deixada de lado, já que a equipe do ex-ministro Fernando Coelho Filho, que tratava a proposta como prioridade, também deixou a pasta.
Temer citou ainda a ascensão de Esteves Colnago no Planejamento, disse que o então secretário-Executivo de Dyogo Oliveira é "reconhecidamente especialista em administrar as contas públicas". "Aproveito para renovar meu cumprimento a Dyogo Oliveira que tantos serviços prestou ao País", destacou o presidente.
Por fim, Temer citou as trocas de comando no Esporte, Turismo e da Integração. Disse que Leonardo Picciani fez um trabalho nos Jogos Olímpicos que garantiu o sucesso do evento realizado no Brasil e destacou que Leandro Cruz Fróes da Silva encontrará como ministro "bases sólidas sobre as quais poderá construir novas realizações".
Temer agradeceu ao trabalho de Marx Beltrão no Turismo e afirmou que Vinicius Lummertz saberá colocar sua "larga experiência na Embratur" a serviço do Brasil. Por último, o presidente destacou o trabalho de Helder Barbalho à frente da Integração Nacional e afirmou que ele deixa "um legado que é motivo de alegria cívica" O presidente destacou ainda que o sucessor de Helder, Antônio de Pádua de Deus, já é diretamente envolvido nas obras de Transposição do Rio São Francisco e está "plenamente capacitado para conduzir um ministério chave para a Infraestrutura".