Em seu discurso de abertura da reunião ministerial, o presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira, 12, que "a intervenção no Rio já vem produzindo resultados". Temer citou as ações desenvolvidas no Rio de Janeiro pela equipe da intervenção federal, comandada pelo general Walter Braga Netto e disse que, em reunião na quarta-feira, 11, no Planalto, ele apresentou dados mostrando que "houve uma sensível redução de crimes após a intervenção federal no Rio", com apreensões de milhares de munições, centenas de fuzis e drogas.
"Nós botamos o dedo na ferida", declarou o presidente. "Estamos nos organizando, cada vez mais, para que possamos combater a insegurança que tanto aflige os brasileiros", acrescentou.
Mesmo ressaltando que a intervenção "tem dado muitos resultados", o presidente avisou que "é evidente" que as soluções para todos os problemas "não virão" de um dia para o outro. "Muitas vezes as pessoas pensam: bom, se editar um decreto aqui, ou uma lei, amanhã está aqui tudo resolvido. Não. Não é assim. As coisas têm um ritmo, mas têm um ritmo célere e até os resultados já estão se apresentando no Rio de Janeiro".
Temer citou que a intervenção na segurança do Rio é a prova de que "jamais nos recusamos a enfrentar os grandes temas nacionais". O presidente explicou que a intervenção foi "cooperativa" e que atendeu a um pedido do governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (MDB), "que não só concordou, como solicitou uma intervenção na área de segurança e penitenciária no Rio".
Segundo o presidente, o seu governo, ao criar o Ministério da Segurança Pública, foi "mais além" porque "o problema da segurança pública hoje angustia a todos os Estados brasileiros ou a grande maioria deles".
Depois de lembrar que inúmeras vezes os Estados pleitearam à União federal ações na área de segurança, Temer destacou que tudo está sendo feito "sem invadir competência dos Estados, para que se pudesse coordenar e integrar a segurança pública, especialmente inteligência, dos vários Estados brasileiros, com a União".
Para o presidente, "é indispensável" integrar e coordenar a segurança pública, em face da realidade existente no País, e é isso que o governo federal está fazendo.