O deputado Jair Bolsonaro (PSL) lidera os três cenários de pesquisas estimuladas sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa, indica pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta segunda-feira, 14. Condenado e preso na Operação Lava Jato, Lula lidera os cenários nos quais participa do levantamento. Ele pode ser declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral TSE) com base na Lei da Ficha Limpa.
No cenário mais provável sem Lula, Bolsonaro tem 19,7%; Marina Silva (Rede) 15,1%; Ciro Gomes (PDT), 11,1%. O ex-governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB/SP) aparece em seguida, com 8,1%, seguido por Fernando Haddad (PT), com 3,8%.
O nível mais alto de intenção de voto de Bolsonaro é de 20,7%, caso disputasse o Planalto com Marina (16,4%), Ciro (12%), Haddad (4,4%) e Henrique Meirelles (1,4%).
Há ainda um terceiro cenário estimulado sem Lula: neste, o deputado do PSL registra 18,3%; Marina, 11,2%; e Ciro, 9%. Alckmin aparece mais uma vez em quarto lugar, com 5,3% das intenções de voto, seguido por Álvaro Dias, com 3% e Fernando Haddad, com 2,3%.
No primeiro levantamento divulgado após a prisão do ex-presidente, o petista lidera com 32,4%, seguido de Bolsonaro, com 16,7%, Marina, com 7,6%, e Ciro, com 5,4%. Geraldo Alckmin aparece em quinto lugar, com 4% das intenções de voto, seguido pelo senador Álvaro Dias, que teria 2,5%.
O ex-presidente Fernando Collor aparece em seguida, com 0,9% das intenções de voto, empatado com o presidente Michel Temer (MDB). Guilherme Boulos (PSOL) e a deputada estadual Manuela D´Ávila (PCdoB-RS) aparecem empatados com 0,5%, seguidos por João Amoedo (Novo) e Flávio Rocha (PRB), ambos com 0,4%.
O ex-ministro Henrique Meirelles (MDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro aparecem em últimos na pesquisa, com 0,3%; 0,2% e 0,1%, respectivamente.
Desde que Lula não participe da eleição, Marina é a pré-candidata que teria melhor desempenho em um eventual segundo turno contra Bolsonaro. Ambos empatariam com 27,2%, segundo a projeção da CNT/MDA. O deputado do PSL, porém, venceria em todos os outros cenários de segundo turno sem Lula testados pela pesquisa.
Disputando contra Ciro, o parlamentar fluminense teria 28,2% contra 24,2% do pedetista - um empate técnico dentro da margem de erro. Em uma disputa com Alckmin, Bolsonaro registraria 27,8% e o tucano, 20,2%. Já se for ao segundo turno com o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), Bolsonaro teria 31,5% e o petista, 14%.
A pesquisa CNT/MDA também mediu a rejeição dos pré-candidatos. O presidente Michel Temer (MDB) tem a maior rejeição, com 87,8% dos entrevistas dizendo que não votariam de jeito nenhum nele. Marina Silva é a segunda mais rejeitada, com 56,5%, seguida por Alckmin, com 55,9%, e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com 55,6%.
Bolsonaro tem a quinta maior rejeição: 52,8% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum no deputado do PSL. O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles registra 48,8% de rejeição. Lula, Ciro e Haddad apresentaram as menores rejeições, respectivamente: 46,8%, 46,4% e 46,1%.
A pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 Unidades Federativas das cinco regiões do País. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. O levantamento foi feito entre os dias 9 e de 12 de maio e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-09430/2018. O nível de confiança é de 95%.