Candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB) é alvo de uma ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público de São Paulo, nesta quarta-feira (5). Segundo os promotores, o tucano aceitou pelo menos R$ 8,3 milhões da Odebrecht para financiar sua campanha à reeleição, em 2014, por meio de caixa dois. A informação é do portal Jota.
O MP pede que Alckmin seja condenado à perda dos valores ilicitamente acrescidos aos patrimônios, perda de eventual função pública que ocupe e a suspensão dos direitos políticos.
Ainda segundo o MP, o tesoureiro da campanha de Alckmin, Marcos Monteiro (ex-secretário de Planejamento), agendou uma reunião com executivos da Odebrecht na sede da empreiteira para pedir uma doação, "paga parceladamente", sem declaração à Justiça Eleitoral.
"Aceitando a inescrupulosa oferta da Construtora Odebrecht, no início de 2014, o requerido Marcos Antônio Monteiro, ainda no exercício de função pública, agendou uma reunião com os executivos acima citados da Construtora Norberto Odebrecht na sede de sua filial em São Paulo, na Rua Lemos Machado, 120, 8º andar, no bairro do Butantã, onde veio a pedir, em benefício do também requerido Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, uma doação no valor de 10 milhões de reais, valores estes a não serem contabilizados e declarados à Justiça Eleitoral, entregues por meio do esquema fraudulento de caixa dois, para a campanha deste último à reeleição ao cargo de Governador do Estado de São Paulo", escreve o promotor Ricardo Manuel Castro.