Nesta quinta-feira (1), após reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Sérgio Moro aceitou o convite para assumir o superministério da Justiça, que, com a fusão das pastas, agregará também o da Segurança Pública. Em nota, o juiz disse que "a perspectiva de a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado" o fizeram tomar a decisão.
O nome do juiz federal vinha sendo especulado na última semana depois de Bolsonaro mencioná-lo como possível nome para assumir a Justiça ou ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Moro deixou o condomínio onde mora o ex-militar às 10h45, após cerca de 1h30 de reunião. Na saída, chegou a se aproximar da imprensa, mas, diante do tumulto no local, não deu nenhuma declaração.
O portal Jota divulgou a nota oficial do juiz:
Durante o voo para o Rio de Janeiro, onde foi encontrar Bolsonaro, o juiz falou com a Rede Globo, que o acompanhou na viagem. Segundo o G1, o magistrado afirmou que a motivação de seu encontro com o presidente eleito se dá em razão de o País precisar de uma agenda anticorrupção e anticrime organizado. A proposta era uma das condições para o magistrado aceitar o cargo. “Se houver a possibilidade de uma implementação dessa agenda, convergência de ideias, como isso ser feito, então há uma possibilidade. Mas como disse, é tudo muito prematuro”, disse Moro à reportagem.
Moro já havia admitido a possibilidade de aceitar a proposta, caso o convite fosse feito oficialmente. Segundo ele, tudo dependeria de "conversar para ver se há convergências importantes e divergências irrelevantes". Uma das condições do juiz federal do Paraná seria a implementação de uma agenda anti-corrupção e de combate ao crime organizado.
Além de Sérgio Moro, outros nomes já haviam sido confirmados para assumir cargos no governo Bolsonaro. O primeiro deles foi o do economista Paulo Guedes, que assumirá o superministério da Economia, que agregará Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Já Onyx Lorenzoni (DEM-RS) ficará responsável por chefiar a Casa Civil, enquanto o astronauta Marcos Pontes assumirá o Ministério da Ciência e Tecnologia e o general Augusto Heleno ficará a frente da pasta da Defesa.