Mourão: Cabe à comunidade internacional buscar solução para Venezuela

"Tem que ser os Estados Unidos ou a ONU", afirmou Mourão
Estadão Conteúdo
Publicado em 30/08/2019 às 15:39
"Tem que ser os Estados Unidos ou a ONU", afirmou Mourão Foto: Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil


O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta sexta-feira, 30, que é preciso que a comunidade internacional se una para reconstruir a Venezuela, que, segundo ele, é um país onde imperam "a fome e a desesperança". "Para que haja uma solução para a Venezuela é preciso que os cubanos saiam de lá, tem uns 20 mil cubanos lá que controlam as milícias, os centros de inteligência e as forças armadas. Compete à comunidade internacional buscar uma saída", afirmou."Tem que ser os Estados Unidos ou a ONU", emendou Mourão.

"Temos que acreditar que vamos superar dentro da democracia essa crise que estamos vivendo", disse, em discurso que durou cerca de uma hora para empresários da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Segundo o vice-presidente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) teria que aportar algo em torno dos US$ 80 bilhões para que a Venezuela começasse a se recuperar, depois que o "bolivarianismo tomou de assalto o Estado e provocou a deterioração da cadeia produtiva" do país vizinho.

Amazônia

Assim como o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão culpou interesses comerciais pelas críticas feitas pelo presidente da França, Emannuel Macron, à gestão do Brasil na Amazônia.

"O presidente francês enfrenta problemas internos, o acordo Mercosul-UE atinge produtores franceses, é a nossa agricultura chegando na União Europeia. É um gigante avançando", afirmou Mourão.

Na semana passada, Macron convocou na reunião do G7 uma discussão sobre as queimadas na floresta brasileira. O francês propôs uma ajuda econômica para minimizar os danos da tragédia, o que foi considerado pelo governo brasileiro como uma afronta à soberania do País.

Segundo Mourão, o Brasil não vai aceitar ingerências como essas, mas vai buscar o equilíbrio nas relações.

Ainda segundo o vice-presidente, que participou de almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e se recusou a falar com a imprensa, é preciso esclarecer para o mundo a situação da Amazônia. "É praticamente toda uma área indígena ou de proteção ambiental", disse.

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