A reprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou a 38% na pesquisa nacional feita pelo Datafolha. Comparado com o último levantamento do instituto, o índice subiu cinco pontos percentuais, saindo de 33% e chegando ao atual patamar. As informações são da Folha de S.Paulo.
Já a aprovação do governo Bolsonaro caiu de 33% para 29%, fora do limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O percentual de quem considera o governo regular oscilou um ponto para baixo, passando de 31% para 30%.
A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de agosto com 2.878 pessoas com mais de 16 anos, em 175 cidades brasileiras. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso indica que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro.
Quando considerado o apoio de Bolsonaro entre os mais ricos, aqueles com renda mensal acima de 10 salários mínimos, a aprovação do presidente caiu de 52% para 37% neste levantamento. Entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, a queda foi de cinco pontos, saindo de 27% para 22%.
No corte regional, o maior índice de rejeição de Bolsonaro vem do Nordeste, onde 52% consideram o governo ruim ou péssimo. Em julho, o percentual era 41%. Essa alta é acompanhada também em áreas tradicionalmente bolsonaristas. A região Sul, por exemplo, teve um aumento de 25% para 31% entre os que avaliam o governo como ruim ou péssimo.
Diante do cenário, Jair Bolsonaro continua sendo o presidente mais mal avaliado em primeiro mandato. Aos 8 meses de mandato, os percentuais de ruim e péssimo de outros presidentes foram 15% para FHC, 1995, 10% para Lula, 2003, e 11% para Dilma, 2011.
Ao todo, 44% dos brasileiros não confia na palavra do presidente, enquanto 36% confiam eventualmente e 19%, sempre. Entre a população, a expectativa sobre o governo está em 45%. Em julho, eram 51%. Na mão contrária, creem numa administração ruim ou péssima 32% — eram 24% em julho.
Jair Bolsonaro também perdeu popularidade suficiente para, em um cenário hipotético, "ficar atrás" de Fernando Haddad (PT), se o segundo turno da eleição para presidente da República fosse hoje. Segundo a pesquisa do Datafolha, Haddad venceria Bolsonaro por 42% a 36%. Outros 18% votariam branco ou nulo e 4% não souberam responder. A pesquisa ouviu 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios.
Bolsonaro foi eleito no segundo turno da disputa presidencial com 55,13% dos votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), enquanto Haddad teve 44,87%.