PETRÓLEO CRU

Salles: manchas de petróleo em praias são caso de poluição sem precedente

Desde 12 de setembro, mais de 200 toneladas de petróleo cru tinham sido recolhidas pela Petrobrás

Agência Brasil
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Publicado em 16/10/2019 às 19:43
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Desde 12 de setembro, mais de 200 toneladas de petróleo cru tinham sido recolhidas pela Petrobrás - FOTO: Foto: Adema/Governo de Sergipe
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta quarta-feira (16) que as manchas de petróleo nas praias do Nordeste são um caso de poluição “sem precedente” no país e de origem ainda desconhecida.

“O problema é que é um caso sem precedentes, e a origem do petróleo cru é desconhecida. Já se sabe que o petróleo não é brasileiro, que tem provavelmente origem venezuelana, mas não se sabe como ele vazou para o litoral brasileiro. Isso dificulta, portanto, medidas de contenção. Aquelas medidas de contenção que podem ser pertinentes nos casos de determinado acidente, conhecida a origem, não são necessariamente pertinentes num caso de poluição difusa como estamos vendo aqui”, afirmou o ministro, em Salvador, após sobrevoo no litoral da Bahia.

Providências

Salles reiterou que o governo federal tem tomado todas as medidas necessárias à identificação do petróleo e sua origem, além do recolhimento e destinação do produto desde o início de setembro. 

“Com relação ao monitoramento especificamente, nós utilizamos satélites, não só brasileiros, mas também estrangeiros. Temos utilizado aeronave do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], com um sistema de radar. Essa aeronave percorreu e vem percorrendo todo o litoral brasileiro, sem detecção desse óleo, que vem por baixo da superfície. Ele vem de um sistema subsuperficial, está abaixo do sistema de visualização por radar”, disse o ministro.

Salles acrescentou que, pelas características do material que está se deslocando, não se consegue avistá-lo por cima. "Ele só aparece, só se tem notícia de onde ele está, na hora em que ele está bem próximo à praia.”

Resíduos

A Petrobras informou que, desde 12 de setembro, já retirou das praias do Nordeste mais de 200 toneladas de resíduos de petróleo. Os resíduos são uma mistura de petróleo cru e areia e foram recolhidos por cerca de 1,7 mil agentes ambientais.

O Ibama também participa desse trabalho, e os custos das atividades de limpeza serão ressarcidos. O instituto é o responsável pelas decisões na operação, enquanto a estatal dá apoio técnico e implementa as estratégias.

Saiba onde foi encontrado em Pernambuco

•Boa Viagem - Recife

•Praia Del Chifre - Olinda

•Candeias - Jaboatão dos Guararapes

•Piedade - Jaboatão dos Guararapes

•Praias de Gamboa - Ipojuca

•Praia de Nossa Senhora do Ó - Ipojuca

•Porto de Galinhas - Ipojuca

•Pau Amarelo - Paulista

•Conceição - Paulista

•Carneiros - Tamandaré

•Tamandaré - Tamandaré

•Ilha Cocaia - Cabo de Santo Agostinho

•Praia do Paiva - Cabo de Santo Agostinho

•Praia do Forte Orange - Ilha de Itamaracá

•Catuama - Goiana

•Ponta de Pedras - Goiana

Veja o que fazer se encontrar animais com manchas de petróleo

1. Não entre em contato com o óleo. Perigo de alta toxidade! Não tente limpar com sabão, areia, ou qualquer produto químico. Essas substâncias podem disseminar a contaminação do óleo no ambiente e no animal;

2. Não devolva o animal ao mar. Animais encalhados precisam de avaliação clínica especializada. Caso devolvido sem cuidados adequados, o animal poderá encalhar novamente;

3. Isole a área, evite barulho, conversas, e movimentos que possam estressar o animal. Não alimente e nem force a ingestão de líquidos;

4. Proteja o animal do sol (com guarda-sol, panos limpos) e aguarde a chegada da equipe de resgate.

Fonte: PCCB-UERN (Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte)

Localidades afetadas

Para saber quais foram as localidades afetadas no Nordeste para clicar aqui.

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